Considerada o
carboidrato ideal para atletas, supera os outros tubérculos em
vários nutrientes, possuindo cinco vezes mais cálcio, o dobro de
fibras e mais potássio que a batata inglesa. Comparada à mandioca,
ela também ganha em fibras e cálcio, assim como em proteína,
fósforo e potássio. Resultado: estimula o intestino, auxilia no
controle do diabetes e do colesterol e, mesmo sendo mais calórica do
que a inglesa, a doce ajuda a emagrecer.
O grande
responsável por esse alimento favorecer a dieta é o amido
resistente. Apesar de ser um carboidrato, ele se comporta como uma
fibra insolúvel: resiste às enzimas do intestino delgado, que não
conseguem digeri-lo, além de atrair as moléculas de gordura e de
açúcar fazendo com que sejam absorvidas mais devagar. Por isso, o
tubérculo apresenta um índice glicêmico (IG) baixo, menor que o da
batata-inglesa. Esse índice mede a velocidade de entrada de glicose
na circulação sanguínea após o consumo de um carboidrato.
Alimentos com IG alto fazem disparar as taxas de açúcar no sangue,
onde o pâncreas precisa trabalhar dobrado produzindo muita insulina,
que é encarregada de levar o açúcar para dentro das células, mas,
em excesso, estimula o organismo a estocar gordura. A batata doce
fornece energia de modo equilibrado, sem provocar picos de glicose e
demanda excessiva de insulina, o que também auxilia na prevenção e
tratamento de diabetes tipo 2 e conferir maior sensação de
saciedade. Você demora mais para sentir fome. Algumas pesquisas
comprovam que, graças ao IG baixo, ela auxilia no emagrecimento.
O amido
resistente também derruba a fração nociva do colesterol (LDL) e o
triglicérides, contribuindo na prevenção de doenças
cardiovasculares. Ao passar pelo intestino grosso, ele é fermentado
pelas bactérias do bem (probióticas) e, com isso, ajuda a prevenir
prisão de ventre, hemorroidas, doenças inflamatórias intestinais e
câncer do cólon. Ela carrega vitaminas A e do complexo B - a
primeira é essencial para a saúde dos olhos e da pele, e as demais
atuam em várias frentes, em especial no sistema nervoso. A
batata-doce também oferece magnésio (ativador de várias enzimas),
cálcio (principal integrante dos ossos), fósforo (que traz
disposição) e potássio (que mantém a pressão arterial
controlada), além de apresentar betacaroteno (que quanto mais escura
a polpa, maior o teor), antocianina (disponível na variedade roxa) e
vitaminas C e E que são substâncias auxiliares na prevenção de
câncer e combatem o envelhecimento precoce das células em geral. O
sabor adocicado combina bem com canela, mel, coco e noz-moscada. Por
isso a batata-doce é usada na produção de doces com sabor de
infância. Mas experimente empregá-la em pratos salgados, assada ou
cozida. Ela pode substituir a batata inglesa em preparações como
sopa, purê e até salada. De preferência, prepare com casca, afim
de preservar
os nutrientes. Para ter acesso aos benefícios é preciso ingeri-la
regularmente, se possível mais de uma vez por semana. Os atletas
consomem com uma frequência maior: antes do treino diário, para que
a energia dure mais tempo.
A cada 100 gramas de batata doce encontramos 116 calorias.
CAMILA MATICOLLI
Atendimento Nutricional e Personal Diet
Graduação em Nutrição - FIFE
Pós-Graduanda em Gastronomia e Gestão de Serviços de Alimentos - UNIP
maticollinutricionista@hotmail.com
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